domingo, 27 de setembro de 2009

2.2 - MAIAS E ASTECAS E A POLÊMICA SOBRE O INÍCIO DO SÉCULO


Para os Maias do México e da América Central, começar a contar pelo 1 não fazia muito sentido. Estes povos tinham um sistema numérico, e um calendário, que faziam mais sentido do que aqueles que usamos hoje. Usavam a base vigesimal que continha restos do anterior sistema de base 10 e, também, precisavam do zero para registrar o significado de cada dígito.


Os Maias tinham um excelente calendário solar. Estruturado na base 20, este calendário era dividido em 18 meses, com 20 dias cada um, totalizando 360 dias. Um período especial, UAYEB, de 5 dias era adicionado, ao fim de cada ciclo solar, completando 365 dias. Contudo, uma diferença era peculiar no calendário Maia. No mês Zip, por exemplo, o primeiro dia era usualmente chamado de INSTALAÇÃO ou ASSENTAMENTO de Zip; o dia seguinte era 1 zip, depois 2 zip e, assim por diante, até o 19 zip. O dia a seguir era o dia de ASSENTAMENTO de Zotz', 0 Zotz', seguido do 1 Zotz', etc...


Esse sistema fazia mais sentido que o atual sistema ocidental, pois nosso calendário é de uma época na qual o zero, ainda, não existia. Como conseqüência, não temos o dia zero ou o ano zero. Esta omissão parece insignificante, mas causou enorme discussão e confusão sobre o início do milênio. Os Maias jamais teriam dúvidas a respeito do primeiro ano do século XXI: 2000 ou 2001. Como nosso calendário foi feito pelos egípcios e depois pelos romanos, estamos presos a um incômodo calendário sem zeros.